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sábado, 27 de outubro de 2012

Bibliotecando

Biblioteca da Abadia de S. Gallen, Suiça
Em 612 d.C, Gallo e Columba, dois missionários irlandeses que percorriam o continente europeu para pregar sua fé, construíram um abrigo no Vale de Steinach, um belo local com bosques e cachoeira, perto do Lago Constança, na Suiça.

Logo receberam outros missionários que comungavam das mesmas idéias e criaram um convento. Quando Gallo morreu, seu túmulo virou local de peregrinação (Gallo e Columba foram canonizados).

Em 719, Otmar, um padre alemão, tomou a si a liderança da comunidade e ampliou o convento original transformando-o em um monastério que de 747 em diante adotou as Regras de São Bento. Não demorou muito para que a abadia adquirisse fama como local apropriado para quem queria seguir as severas regras beneditinas.

Eis uma delas: “A ociosidade é inimiga da alma; por isso, em certas horas devem ocupar-se os irmãos com o trabalho manual, e em outras horas com a leitura espiritual” (do capitulo 48 das Regras de São Bento).

Não é por outro motivo que todos os mosteiros beneditinos têm bibliotecas, algumas mais valiosas que outras, mas todos cultivam os livros. A primeira indicação que no Vale de Steinach existia uma biblioteca é datada de 820, numa “planta para a abadia” que descreve com detalhes uma construção de dois andares, com uma biblioteca e um “scriptorium” no térreo, parede colada na igreja.

A abadia cresceu rapidamente e se tornou um centro cultural e espiritual famoso pelos manuscritos e pelas iluminuras que seus monges faziam. Entre os monges de St. Gallen muitos iluministas, poetas e músicos foram célebres em vida e recebiam muitas encomendas.

O acervo cresceu de tal modo que em 1553 teve que ser transferido para um novo prédio, que também ficou pequeno. Entre 1758 e 1767, foi decidido que seria erguido o magnífico salão barroco decorado pelos mais brilhantes artesãos da região, e que hoje é considerado um dos mais belos no gênero.

As estantes em madeira trabalhada e a luz que penetra pelas 34 janelas tornam o ambiente acolhedor. No teto, afrescos falam dos quatro primeiros Concílios da Igreja; o trabalho em estuque maravilha os visitantes.

Sendo a mais antiga biblioteca da Suíça, e uma das primeiras e mais importantes bibliotecas monásticas, sua extraordinária coleção de livros revela o desenvolvimento da cultura na Europa e guarda documentos que comprovam as realizações culturais da abadia do século VIII até a dissolução do monastério, em 1805.

Eu a achei impressionante, e vocês, o que acharam?

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Bibliotecando

Biblioteca do Monastério de Melk
(Melk Monastery Library, Melk, Austria)
A Abadia de Melk, ou Convento Melk, é uma das mais célebres entre as escolas monásticas. 
Foi fundada em 1089 quando Leopoldo II, Margrave* da Áustria, família que dominava aquela região até a ascensão dos Habsburgos, doou um de seus castelos aos monges beneditinos da Abadia de Lambach.

No século XII os monges criaram ali uma escola e a partir desse momento a biblioteca ficou muito conhecida pela sua imensa coleção de manuscritos. Ali foram copiados centenas de manuscritos com iluminuras preciosas.

O seu teto é um espetáculo a parte, temos Palas Atena (a deusa da guerra, da civilização, da sabedoria, da estratégia, das artes, da justiça e da habilidade)
em uma biga puxada por dois leões, simbolizando a sabedoria e a moderação, que tem a ajuda de Hércules, que está à sua esquerda, para derrotar o cérebro das três cabeças: o inferno, a noite e o pecado.
Esse teto foi pintado pelo artista Gaetano Fanti (1687/1759)

E depois de tudo isso ainda temos o seu acervo de livros históricos..imagine a cena: livros até o teto com encadernações deslumbrantes.
Tiveram o cuidado até nos detalhes, toda a decoração da biblioteca acompanha os tons dourados do couro trabalhado em ouro. É de se perder a fala...

Ao todo são doze salas que guardam cerca de 1888 manuscritos, 750 incunabula, 1700 livros do século XVI, 4500 do século XVII e 18000 do século XVIII. Juntando com os livros modernos, são cerca de 100.000 volumes. No salão principal (abaixo), estão aproximadamente 16000 livros.

Aliás aqui cabe um último adendo, toda essa beleza e sua renomada fama como um centro de conhecimento foram homenageados por Umberto Eco em sua obra “O Nome da Rosa”. A um de seus personagens, na realidade o narrador da história, ele deu o nome de Adso de Melk, como um tributo à abadia e à sua impressionante biblioteca.

Quem aí ficou com vontade de conhecer este lugar maravilhoso?

sábado, 15 de setembro de 2012

Bibliotecando

Biblioteca Pública de Nova York
A Biblioteca Pública de Nova York é uma das principais bibliotecas do mundo. Está localizada em Manhattan e sua entrada principal é pela Quinta Avenida. Atrás dela está localizado o Bryant Park.

No pátio, antes da entrada principal, há diversas mesas e cadeiras onde você pode sentar e relaxar. Muitos usam o local para usar a Internet, que é gratuita.
Você encontrará salas de leituras, salas com computadores e outra sala onde pode levar e usar seu notebook.

Agora centenária, a biblioteca apresenta uma organização monumental. São 3,147 funcionários, mais de 20 milhões de livros, mais de 50 milhões de itens, disponíveis para total de 3.476.139 usuários. Números que a colocam como a terceira maior biblioteca do mundo, atrás da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos e da Biblioteca Britânica.

O funcionamento da biblioteca é simples, nada de empréstimos. Você pode visitar, efetuar sua pesquisa, e ler a vontade, dentro dos domínios da instituição.

Não sei se já falei para vocês, mas Manhattan é a ilha dos meus sonhos, e saber mais sobre esta incrível biblioteca só me deixa mais apaixonada pela cidade. O que vocês acharam?

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Bibliotecando

A Biblioteca pessoal de Jay Walker.
Por incrível que pareça, esta é uma foto de uma biblioteca particular. Ela pertence a Jay Walker, e foi considerada uma das 20 Bibliotecas mais belas do mundo. 

Jay Walker é considerado um gênio. Foi apontado pelo TIME por 2 vezes, como um dos 50 lideres mais influentes da era digital. Suas empresas, do grupo Walker Digital, atende milhões de pessoas e vale bilhões de doláres. E é ainda um apaixonado por livros.

Infelizmente a biblioteca não é aberta a visitação pública, somente tem acesso ao lugar quem for convidado por Jay Walker.

Quem aí quer ser o melhor amigo do Jay?

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Bibliotecando

Essa é a Real Biblioteca de Monastério de San Lorenzo de El Escorial, na Espanha
Em 2 de Novembro de 1984 a UNESCO declarou El Real Sítio de San Lorenzo de El Escorial como Patrimônio da Humanidade.

A construção foi iniciada em 23 de abril de 1563 e demorou quase 20 anos para ficar pronta nos moldes idealizados por Felipe II.

Felipe II doou sua coleção particular de valiosos códices para essa estupenda biblioteca; além disso, ele adquiriu bibliotecas completas, estrangeiras e espanholas, o que fez com que seu acervo seja, até hoje, dos mais respeitados entre os pesquisadores e bibliófilos. Em um espaço de 54 m de comprimento, 9m de largura e 10 m de altura, estão abrigados 40.000 volumes de altíssimo valor histórico.
Pelo conteúdo de mapas, cartas, crônicas, verdadeiros tratados antropológicos e etnográficos relacionados ao estudo das culturas indígenas da América espanhola, a Real Biblioteca é um verdadeiro tesouro, não tanto pela quantidade como pela qualidade dos documentos.

Logo na sua entrada, uma inscrição ameaça com a pena da excomunhão todo aquele que retirar um livro ou um objeto da sala. Nas estantes vemos miniaturas do século XIII, encadernações em couro gravadas a ouro, assim como incunábulos de valor literalmente incalculável. Há mil manuscritos em árabe, dois mil e novecentos em latim e línguas vernaculares, setenta e dois em hebreu e quinhentos e oitenta em grego.

Estou aqui babando, ela é incrível! Concordam?

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Bibliotecando

Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, Portugal
Em meados do século XV, essa Biblioteca que tinha sua sede em Lisboa, foi transferida para Coimbra, passou a ser conhecida como "Casa do Livro" e com status de Biblioteca Pública.

Porém, apesar dos seus estatutos estabelecerem essa Biblioteca como Pública, com a Reforma Católica do Concílio de Trento, ela perdeu esse status. 

Somente no final do século XVII que a existência da Biblioteca de Coimbra seria formalizada, porém sua sede merecia uma reforma, já que se encontrava em um local com mais de 700 anos, e para isso seu acervo foi transferido para outra ala enquanto aguardava finalização da obra, que só aconteceu muitos anos depois, quando o reitor procurou o Rei D.João V, e argumentou de forma veemente que os Estatutos da Universidade nao estavam sendo respeitados, e que a Biblioteca não possuía um lugar condizente com seu rico acervo.

O Rei aceitou os argumentos, e nesse ano se iniciou a construção de uma das mais importantes Bibliotecas do Mundo, em Coimbra, Portugal.

O embaixador da Prússia em Portugal, Conde Athanasius Raczinsky , considerado um homem extremamente culto, e famoso colecionador de objetos raros (ele foi um dos mais conceituados críticos de arte do século XIX) ao se referir a Biblioteca Joanina e seu acervo, fez a seguinte colocação : "la bibliothèque la plus richement ornée que j'aie jamais visitée".

Quem aí tem vontade de visitar um lugar como este?

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

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Biblioteca Anna Amalia, na Alemanha
Anna Amalia de Brunswick-Wolfenbüttel (1739 a 1807) foi uma princesa alemã pelo casamento e duquesa de Saxe-Weimar-Eisenach, regente dos estados de Saxe-Weimar e Saxe-Eisenach entre 1758 e 1775 e uma importante e influente figura cultural.

Era famosa como patrona das artes e da literatura, tanto que contratou Christoph Martin Wieland, um poeta e tradutor de William Shakespeare, para educar o seu filho. Ela também criou a Biblioteca Duquesa Anna Amalia.

Porém a Biblioteca Anna Amalia, em Weimar, sofreu um incêndio em 2004, causado por problemas elétricos que danificou gravemente o seu prédio e destruiu 37 pinturas e cerca de 50 mil livros dos séculos 16 a 20. Ela foi reaberta 03 anos depois em outubro de 2007.

A Biblioteca Anna Amalia possui um acervo de mais de 900 mil obras e abriga várias primeiras edições raras e a maior coleção mundial do Fausto, de Johann Wolfgang von Goethe. O mais famoso poeta alemão dirigiu a biblioteca de 1797 até a sua morte, em 1832.

A biblioteca está incluída na lista de Patrimônios Mundiais da Humanidade da Unesco.

Acho que essa é uma das bibliotecas mais encantadoras que eu já vi. E vocês, o que acharam?

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

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Biblioteca Nacional do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil
Na primeira imagem, o acervo da Biblioteca Nacional do Brasil, e na ultima foto, a sua Sala de Leitura da divisão de obras raras.

A Biblioteca Nacional do Brasil, considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo, é também a maior biblioteca da América Latina. 

O início da criação da Real Biblioteca no Brasil está ligado a um dos mais decisivos momentos da história do país: a vinda da rainha D. Maria I, de D. João, Príncipe Regente, de toda a família real e da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, após a invasão de Portugal pelas forças de Napoleão Bonaparte, em 1808.

O acervo trazido para o Brasil, de sessenta mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas, foi inicialmente acomodado numa das salas do Hospital do Convento da Ordem Terceira do Carmo, na Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Março.

Em 1821, a Família Real regressou a Portugal, e D.João VI levou consigo a maior parte dos manuscritos do acervo. 
O Brasil obteve os direitos sobre a Biblioteca Real em 29 de agosto de 1825, com a assinatura da Convenção ao Tratado de Paz e Amizade.

Não é interessante saber que temos um lugar tão fabuloso aqui mesmo, no Brasil?

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

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Biblioteca do Castelo de Beloeil - Bélgica
A biblioteca abriga mais de 20.000 livros e manuscritos preciosos, algumas das quais são raras, como o "Liber passionis" de Henrique VII de Inglaterra. Um retrato de Albert Henry, segundo Príncipe de Ligne (1609-1641), lembra que o homem de estudo foi o criador deste conjunto único.

Junto à biblioteca, uma sala pequena contém livros e mais de 3.500 cartas e correspondência trocada com príncipes soberanos de Ligne.

A biblioteca está localizada no "Castelo de Beloeil " que está situado na municipalidade de Beloeil, na província de Hainaut, Bélgica e desde o século XIV, tem sido a residência do Príncipe de Ligne. O castelo está no meio de um magnífico jardim barroco projetado em 1664.

No ano novo de 1900, um desastre atingiu o castelo. Um incêndio queimou-o completamente, mas a maioria de suas mobílias, incluindo a biblioteca, que contém mais de vinte mil preciosos volumes, e a coleção de arte foram salvos. O castelo então foi reconstruído nos anos seguintes pelo arquiteto francês Samson. Os interiores foram suntuosamente redecorados com as melhores peças da coleção dos Ligne, lembrando o Palácio de Versalhes.

Interessante, não?

quinta-feira, 26 de julho de 2012

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Biblioteca do Vaticano.

A Biblioteca Apostólica Vaticana é a mais antiga da Europa, mesmo não sendo a primeira biblioteca Papal. Foi o primeiro núcleo de coleções pontifícias (religiosas), fundada por Nicolau V em 1450, com a herança das velhas bibliotecas dos Papas.

Em 1475, seu sucessor, Sisto IV, fiel ao espírito renascentista, decidiu permitir o acesso dos eruditos aos 2.524 textos santos e profanos ali reunidos. No começo, a biblioteca teve um caráter especial: era composta por Bíblias e trabalhos teológicos, mas especializou-se depois em trabalhos seculares, sobretudo, os clássicos em grego e em latim.
Atualmente possui mais de 8,3 mil incunábulos (livros impressos nos primórdios da imprensa, por volta do século XV), 150 mil codex manuscritos, 100 mil gravuras e desenhos, 300 mil moedas e medalhas e quase 20 mil objetos de valor artístico. É também a biblioteca no mundo que possui a maior coleção de livros sobre sexo.

Entre as muitas preciosidades da biblioteca, algumas das mais famosas são dois manuscritos de obras do poeta romano Virgílio e os chamados Papiros Bodmer, recentemente oferecidos ao Vaticano pelo filantropo católico norte-americano Frank J. Hanna, uma cópia parcial dos evangelhos de Lucas e João, que terá sido manuscrita no início do século III.

Interessante, não?

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Bibliotecando

Biblioteca de Fontainebleau, Norte da França
Essa Biblioteca fica no Palácio de Fontainebleau, localizado na França.

Em 1981 o Palácio foi escolhido como parte do Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Esse lugar é uma verdadeira obra de arte, e tem uma história fascinante, pois desde o final do século XII foi a residência de monarcas franceses, onde cada um fazia reformas e decorava o ambiente de acordo com seu gosto pessoal, até que Napoleão Bonaparte, absolutamente encantado com esse paraíso (ele a apelidava de "Morada dos Séculos") iniciou uma nova e definitiva reforma.
Essa não era a residência oficial de Napoleão, mas era (de longe) seu "recanto" favorito, pois era nesse lugar que ele buscava tranquilidade para tomar as decisões mais importantes, e foi nesse Palácio, no Pátio do Cavalo Branco (Cour du Cheval Blanc) que ele se despediu de suas tropas e amigos que lhe permaneceram leais antes de partir para seu exílio na ilha de Elba.

Fascinante, não?

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Bibliotecando

Biblioteca do Castelo de Chantilly, Chantilly, França.
Essa Biblioteca é parte de uma propriedade de franceses, que também inclui uma das mais importantes galerias de arte da França. A parte principal da propriedade, Grand Chateau, foi construído em 1528-1531 com o outro edifício anexo, Petit Chateu, a ser construído em 1560. O Grande Chateau foi destruído durante a Revolução Francesa e, posteriormente, inteiramente reconstruída 1875-1881. A biblioteca contém mais de 1300 manuscritos e 12.500 obras impressas, incluindo a Bíblia de Gutenberg e cerca de 200 manuscritos medievais.

Muitas pessoas já ouviram falar desse lugar, pois foi nesse castelo que Daniella Cicarelli se casou com Ronaldinho, o fenômeno.

Linda, não?

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Bibliotecando

Como o blog é recente, surgirão aqui muitas novas colunas. "Bibliotecando", é mais uma delas. Aqui serão postadas toda semana curiosidades sobre bibliotecas e livrarias do mundo inteiro.
Para o primeiro post, trouxe a livraria Boekhandel Selexyz, que fica em Maastricht, Holanda.
"The Guardian" considerou essa a livraria mais bela do mundo.

O Prédio era uma igreja que começou a ser construída em 1260, porém com a Invasão Francesa em 1794 ela ficou extremamente danificada e o serviço religioso foi suspenso.

Desde o inicio do Século XIX ela foi utilizada das mais diversas formas: escola, depósito municipal, e até (acreditem) como estacionamento de bicicletas.

A igreja foi restaurada e, a partir de 2006, a Selexys comprou o edifício e a transformou em livraria.

O projeto arquitetônico para a livraria ganhou o maior prêmio Holandês de arquitetura em 2007.

O que você acharam? Merecido o prêmio?