domingo, 15 de dezembro de 2013

Resenha: A Culpa é das Estrelas

É fato comprovado, a culpa realmente é das estrelas. E isso é uma pena, há coisas que não podemos simplesmente mudar.
Faz muito tempo, não sei exatamente quanto, mas de fato muito, que eu não lia um livro que me desse vontade de ler outros. Não sei como explicar isso, mas é como ler algo que por ser tão incrivelmente bom, nos impulsiona a buscar outras coisas que prometem ser tão ou mais incríveis que este algo.

"A Culpa é das Estrelas" é um livro que esteve na minha lista de desejos por um longo tempo. Desde que todo mundo explodiu em uma adoração louca pela história, e não sei porque não o li antes. Mas é bem verdade que o meu entendimento dele seria certamente muito diferente se o tivesse lido há alguns meses atrás. O livro em si pode aparentar ser bastante clichê, se você levar em conta o fato de que se trata principalmente de uma garota que tem câncer e de um garoto que também tem câncer. Mas o que o torna diferente dos demais livros e filmes que relatam histórias sobre isso, é que os personagens não estão vivendo como se o câncer fosse a única razão de eles estarem vivos, ou melhor, de estarem morrendo. Eles não se tornam menos interessantes, ou mais dignos de pena, nem tão pouco mais especiais que as outras pessoas. Os personagens são simplesmente eles, vivem de acordo com as suas limitações, e sofrem com os efeitos da doença, mas jamais deixam de ser quem são para ser quem o câncer quer que eles sejam.
A história é contada do ponto de vista de Hazel, uma garota de dezesseis anos que lida com um câncer de tireoide com metástase nos pulmões. Hazel é uma garota muito inteligente, não tem muitos amigos, e frequenta um grupo de apoio para pessoas com câncer. Sua vida andava meio pacata, sem muitas expectativas, até que em uma das reuniões do grupo ela conhece Augustus Waters. Augustus é um garoto de dezessete anos, é perigosamente lindo e seu osteossarcoma está contido há mais de um ano. A aproximação de Hazel e Augustus não demora pra acontecer, e os laços que começam a se criar entre eles vão ganhando forma ao longo da história. Em comum, eles encontram o gosto pela leitura, ao indicar seu livro favorito para Augustus, Hazel desperta nele um sentimento pela história tão ou mais intenso do que o que ela mesma sente, e isso é fato determinante na aproximação deles. Em busca de respostas sobre o livro, os dois vivem sua história de amor, mesmo que isso assuste e ponha em risco a forma como Hazel lida com a sua doença. Ela acredita ser uma granada prestes a explodir e a machucar todos os que estão a sua volta. Mas é claro que as coisas não acontecem como Hazel espera, e tudo toma proporções muito maiores e diferentes do que ela imaginava ser possível, sendo ela uma paciente terminal.

O livro tem uma escrita leve e cada página leva a outra página, de tal forma que se torna quase impossível parar de ler. A história é completamente envolvente e apaixonante, e arrisco a dizer que é até bastante imprevisível. É com certeza um livro que eu indicaria pra todo mundo, e também um livro que voltarei a ler.

Vou deixar aqui a minha "frase" favorita do livro, que acho que diz muito sobre tudo.
"Não da pra escolher se você vai ou não se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo. Eu aceito as minhas escolhas."
Você já leu este livro? Se não, gostaria de ler? O que encontrou ou espera encontrar nele?

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A Menina que Roubava Livros

Há alguns meses postei na página do blog no facebook que o clássico de Marcus Zuzak ganharia sua adaptação para as telonas, e hoje venho postar as primeiras imagens do longa que levará para as telonas a incrível história de vida de Liesel Meminger.
Com estreia prevista para novembro nos Estados Unidos, A Menina que Roubava Livros tem direção de Brian Percival (Downton Abbey). Na produção, a inesquecível Liesel Meminger é interpretada pela atriz franco-canadense Sophie Nélisse, estrela de Monsieur Lazhar, indicado ao Oscar. Geoffrey Rush (indicado ao Oscar por O discurso do Rei) e Emily Watson (Anna Karenina) viverão seus pais adotivos. 
"A Menina que Roubava Livros" é um dos livros mais emocionantes que já li. A história envolve, enlaça, faz-nos sentir e viver as emoções de cada um dos personagens. É realmente uma obra digna de muito prestígio. Estou muito ansiosa para o lançamento do filme, e espero que faça jus ao que se lê no livro.
Sobra as fotos posso dizer que gostei muito, o figurino e o cenário se encaixam com a época em que se passa a história, agora basta esperar pelos trailers e por novas fotos. Já tem resenha do livro aqui no blog, e vocês podem ler um pouco mais sobre o filme nos links a seguir.


sábado, 20 de julho de 2013

Top 3 - As piores adaptações de livros para os cinemas

#1 Percy Jackson e o Ladrão de Raios
O filme deste livro foi uma decepção enorme. Acabei por assistir o filme antes de ler o livro, e até então tudo bem, o filme no meu ponto de vista de quem não conhecia a história tinha sido bem produzido, e essas coisas. Resolvi ler o livro, depois de me apaixonar pelos livros da série "Os Heróis do Olimpo", que pra quem não sabe é a série que sucede "Percy Jackson & Os Olimpianos". Lendo "O Ladrão de Raios" quase tive um ataque, hahaha. O filme é totalmente diferente do livro, muda o sentido em diversas partes, não retrata nem se quer a idade dos personagens com fidelidade. É realmente digno de estar no primeiro lugar deste tópico. Sobre Percy Jackson aqui no blog: http://lercomeredormir.blogspot.com.br/2012/08/livro-x-filme-pjo-o-ladrao-de-raios.html

# Água para Elefantes
"Água para Elefantes" é uma de minhas histórias favoritas. Robert Pattinson é o meu ator favorito. Até ai tudo bem. Quando eu soube que ele estrelaria o filme fiquei super empolgada, porque o útil estava se unindo ao agradável. Ao assistir o filme, me decepcionei muito. A produção do filme foi linda, os cenários, os figurinos, tudo. Mas em essência não é fiel ao livro. Várias partes que fazem parte do enredo em si foram retiradas, deixando vários espaços em aberto do ponto de vista de quem leu o livro, sem falar que um dos personagens que influência as coisas que acontecem na história foi retirado e mal substituído. Esse filme mostra que grandes nomes de Hollywood não salvam um roteiro mal feito. Sobre "Água para Elefantes" aqui no blog: http://lercomeredormir.blogspot.com.br/2012/07/livro-x-filme-agua-para-elefantes.html

# O Morro dos Ventos Uivantes
Eu não poderia fazer um post deste gênero sem citar meu livro favorito. As diversas adaptações dele para os cinemas são decepções imensuráveis. O livro em si já é de escrita e entendimento complexos, então qualquer roteirista teria dificuldade em adaptar para os cinemas, assim como os atores teriam naturalmente certa dificuldade em interpretar personagens de temperamentos tão diversos como os da história. Com tanta dificuldade eu não consigo compreender porque tantos roteiristas quiseram adaptar. Não sou contra histórias baseadas em outras, mas as adaptações que apenas se baseiam no livro também não fazem jus a este romance que é aclamado há mais de um século. Mas ainda espero que algum dia alguma adaptação faça jus a uma história tão emocionante e envolvente. Sobre "O Morro dos Ventos Uivantes" aqui no blog: http://lercomeredormir.blogspot.com.br/2012/07/resenha-e-opiniao-o-morro-dos-ventos.html

terça-feira, 16 de julho de 2013

Textos ao Vento

Minha cabeça sempre foi um turbilhão de pensamentos, onde, organizar elas não é uma tarefa muito fácil. Em boa parte da minha vida, não sabia que poderia ir tão longe estando no mesmo lugar. Normalmente sou uma pessoa sozinha diante da minha opinião, digamos que não há muita gente que concorde comigo em vários aspectos. Mas isso não me amedronta, ao contrário, eu amo ser diferente em meio de tudo e todos. Dificilmente acho alguém que me surpreenda, talvez porque as pessoas estão acomodadas com tudo ou talvez porque para elas isso é normal, certamente ainda não descobri o que há em mim e não há nelas. E caro leitor, se você também sente algo parecido, então entende o que digo. Ao longo de minhas postagens aqui vocês irão perceber como é diferente o meu mundo e meu modo de pensar sobre as coisas. Pois algo que prezo muito é pessoas que constroem suas ideias a partir de outras, de que pensam por si só. Não posso dizer que somos livres no mundo que vivemos, até porque vivemos atrelados a leis e preconceitos diversos. Nem sempre podemos fazer o que na realidade queremos, por conta disso! Porém somos livres para sonhar, e disso ninguém pode nos impedir.

É muito claro que estamos em constante mudança, em todas as fases da vida. O que não é ruim, mudar de ideias é crescer cada vez mais, é algo que todos poderíamos exercitar sempre. Eu tenho e posso impor ao meu mundo tudo aquilo que eu quiser. Sinto que não há barreiras para mim, sinto que o limite é apenas uma impressão imposta desde o nascimento, sinto que sou livre para deixar trocar qualquer posição por outra melhor. Isso é ter satisfação de ser eu mesma. É poder ser original, única, pequena e grande ao mesmo tempo.

Termino esse texto com a frase de um dos maiores poetas da língua portuguesa e da literatura universal.

Espero que tenham gostado, abraço.

"Sentir é criar. Sentir é pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o universo não tem ideias." - Fernando Pessoa

sábado, 13 de julho de 2013

The Pixar Theory

Com o lançamento de "Universidade Monstro", o filme que mostra como começou a amizade dos personagens principais de "Monstros SA", uma interessante teoria foi lançada, essa teoria apresenta a ideia de que todos os filmes da Pixar estejam ligados de alguma maneira entre si.
Um fã dos filmes de animação do estúdio Pixar lançou na internet uma extensa teoria sobre como todos os longas do estúdio estão conectados e acontecem dentro do mesmo universo ficcional. O texto se tornou um hit na web.

Batizada de "The Pixar Theory", a análise é assinada por Jon Negroni, que se apresenta como analista de mídias sociais. O texto já rendeu a ele o apelido de "Edward Snowden da Pixar" (em referência ao ex-funcionário da inteligência americana que denunciou um grande esquema de espionagem) e foi citado no Twitter até mesmo por Lee Unkrich, diretor de "Toy Story 3", "Monstros S.A." e "Procurando Nemo".
Negroni agrupou os diferentes filmes do estúdio em diferentes eras, dispondo-os em ordem cronológica. Segundo ele, há uma saga maior que é narrada em conjunto pelos filmes.
Nesse universo ficcional, os animais evoluem num ritmo rápido e a inteligência artificial é causa de preocupação para os humanos. O ratinho Remy de "Ratatouille", por exemplo, só se comporta de maneira humana porque, em "Valente", que se passaria milhares de anos antes, uma bruxa faz experiências com animais nesse sentido.

Por causa desses animais que se comportam como humanos, o vilão de "Up - Altas Aventuras" teria criado colares que ajudam seus cachorros a falar. Já Carl, protagonista do filme, teria sido expulso de sua vizinhança pela mesma empresa que poluiu a Terra em "Wall-E".

Esses são só alguns dos exemplos. A teoria é bastante complexa e longa, e Negroni diz ter passado um ano inteiro desenvolvendo-a. Ela pode ser lida na íntegra, em inglês, neste site.

Ele continua a atualizar seu texto com dicas dos leitores. A Pixar não se pronunciou sobre a teoria.

Curioso, não? O estúdio também é conhecido por fazer referências entre seus filmes, como o caminhão da pizzaria Pizza Planet, de "Toy Story", aparecendo em diversas outras animações, e a personagem Boo, de "Monstros S.A.", ter um peixinho de pelúcia idêntico ao Nemo.

sábado, 16 de março de 2013

Textos ao Vento

Sobre esquecer, sobre saudade, e sobre não querer deixar ir.


Não é saudade de você, mas sim, é saudade do que você era para mim. Ah, garoto, todo dia eu saia na rua na esperança de cruzar contigo em qualquer esquina da vida. Toda vez que eu sonhava contigo, acordava sorrindo, e todos os dias meu último pensamento antes de dormir era você. Sinto falta das longas gargalhadas que os momentos contigo me proporcionavam, das vezes em que cheguei em casa tão feliz que não cabia em mim. Saudade também do som do meu riso, que por vezes só foi feliz contigo. Depois de tantos momentos, tantas conversas tolas e mais um milhão de olhares trocados, tudo o que restou foi um vazio. Um vazio tão profundo, que quando minha mente grita por ti, ecoa saudade. Hoje ouvir teu nome causa dor, cruzar contigo na rua mistura todos os meus pensamentos, te ver sorrir me faz chorar por dentro. Eu quis tanto que desse certo, quis tanto que fosse belo, que houvesse amor da sua parte também, mas não foi nada disso. Eu sei, porque por mais que eu quisesse mais do que qualquer coisa nesse mundo, não haveria como querer por você.

Todo esse lance de esquecer, de deixar ir, de desistir de você de certa forma, me confunde e me entristece muito. Dói muito pensar em destruir todos os planos, e deixar de sonhar com nós dois toda noite antes de dormir. Pensar em você virou rotina, virou ciclo vicioso, e agora, virou saudade. Queria ter tido a oportunidade de te dizer tudo o que sinto, gostaria que assim como o mundo inteiro você tivesse entendido o meu silêncio, mas essas coisas não aconteceram. Dizem que tudo na vida tem um porque, e o nosso porque de não ter dado certo ainda não encontrei. Estou indo embora, vou sentir sua falta, porém cansei das tuas migalhas.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Top 3 - Livros que Quero Ler em 2013

#1 A Culpa é das Estrelas
Desde que esse livro começou a ser conhecido no Brasil fiquei louca para ler. Já li várias resenhas incríveis, e ele inclusive já foi sorteado aqui no blog, mas até hoje ainda não consegui ler. Porém, esse ano ele não me escapa, e pretendo ler logo, logo. Sinopse: "A Culpa é das Estrelas" narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.

#2 Divergente
Quando fiquei sabendo da existência de "Divergente" eu estava lendo a trilogia Jogos Vorazes. Então, ao ler a sinopse percebi que as histórias tinham certa semelhança, e no embalo desse tipo de livro fiquei doida para ler. Ainda não li nenhuma resenha, mas o pessoal nas páginas no facebook elogiam muito, então, é uma das minhas prioridades para este ano. Sinopse: Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.

#3 On the Road
O clássico de Jack Kerouac é com toda a certeza do mundo um dos livros que mais tenho vontade de ler este ano. Desde que descobri sobre a adaptação do livro para as telonas fiquei super empolgada para assistir e ler a história. Depois disso, ainda fiz um grande trabalho em turma sobre os anos 60 levemente baseado nos temas bastante tratados na história de Jack (sexo, drogas e rock n roll), e então meu desejo de ler o livro aumentou ainda mais. Sinopse: Sal Paradise é o narrador de On the road - pé na estrada. Ele vive com sua tia em New Jersey, Estados Unidos, enquanto tenta escrever um livro. Ele é inteligente, carismático e tem muitos amigos. Até que em Nova York ele conhece um charmoso e alucinante andarilho de Denver de personalidade magnética chamado Dean Moriarty. Dean é cinco anos mais novo que Sal, mas compartilha o seu amor por literatura e jazz, e a ânsia de correr o mundo. Tornam-se amigos e, juntos, atravessam os Estados Unidos, deparando-se com os mais variados tipos de pessoas, numa jornada que é tanto uma viagem pelo interior de um país quanto uma viagem de auto-conhecimento - de uma geração assim como dos personagens.

E você, já leu ou pretende ler algum destes livros?